4 mulheres que fizeram história em guerras
A história de mulheres no meio militar parece ser muito recente, mas ao longo da história várias mulheres guerreavam em batalhas com os mais diversos objetivos.
Com espírito guerreiro e obstinado, a grande maioria delas tem seu destaque na história, mas muitas delas são pouco conhecidas.
Por isso, separamos cinco histórias de mulheres valentes para te inspirar.
1- Joana D’Arc
Imagina você com 16 anos liderar um exército inteiro em uma das maiores guerras da história da humanidade? Foi o que fez Joana D’Arc.
Criada na fé católica, Joana relatou visões de São Miguel Arcanjo, Santa Catarina de Alexandria e Santa Margarida falando que seu destino era levar a França à vitória contra os ingleses.
Após o encontro com o Rei Carlos VII, a adolescente assumiu a liderança do exército francês que saiu da posição de subjugado pelos ingleses à várias vitórias que fizeram tantos os que combatiam junto com Joana e o povo francês a aclamarem como uma verdadeira libertadora do povo francês, inclusive reconquistando a importante cidade de Orleans.
Porém, foi capturada no campo de batalha e entregue aos ingleses, que a acusaram de bruxaria por usar roupas masculinas, sendo condenada a morrer na fogueira.
Séculos depois, a Igreja Católica reabriu o processo de Joana D’arc e revendo a sentença, além de retirar a condenação, foi canonizada e elevada a padroeira da França em 1920, pelo papa Bento XV.
Apesar de ter sofrido o martírio aos 19 anos, o legado de coragem, bravura e determinação de Joana inspiraram muitas mulheres no decorrer da história.
2- Anita Garibaldi
Se você já estudou ou já ouviu falar da Revolução Farroupilha, também chamada de Guerra dos Farrapos, deve já ter ouvido falar de Anita Garibaldi.
A catarinense de Laguna, ainda com 18 anos, conheceu Giuseppe Garibaldi e seus ideais republicanos que já eram praticados na recém-proclamada República Rio-grandense.
Anita ingressou na tropa de Giuseppe antes da República Juliana, criada em Laguna, fosse dissolvida.
Após o cumprimento da missão no Brasil, Anita partiu para Montevidéu.
Em 1848 junto com Giuseppe Garibaldi, ela lutou contra os austríacos em Florença com intensos conflitos na sequência.
Por conta das inúmeras batalhas que enfrentou tanto na América quanto na Europa, Anita Garibaldi recebeu o título de heroína de dois mundos e se tornou um exemplo de bravura no Brasil e na Itália.
Adoeceu durante uma batalha em 1849 e continuou na batalha até acabar suas forças e falecer por conta da malária.
3- Tomoe Gozen
Quando se fala de samurais com certeza no imaginário aparecem sempre homens com esse destaque. Mas, muitas mulheres recebiam treinamento militar para proteger as aldeias enquanto os homens iam para as guerras.
Tomoe Gozen foi uma dessas mulheres que se tornaria uma “onna-bugeisha“, termo feminino para samurai. Assim, lutaria na Guerra de Genpei (1180-1185) junto ao marido, Minamoto no Yoshinaka (1154-1184).Com destaque na batalha de Awazu em 1184, quando matou o samurai Uchida Ieyoshi.
Descrita como uma guerreira leal e competente, Gozen é uma das figuras mais populares da história do Japão tendo diversas obras literárias e audiovisuais contando a sua história.
4- Bartolina Sisa
A América do Sul tem em sua história diversas mulheres que fizeram a diferença para a história de seus países em seus mais diversos aspectos. Na Bolívia não foi diferente. Lá surgiu uma mulher que liderou indígenas da região contra o domínio espanhol: Bartolina Sisa.
Bartolina inicialmente se dedicou ao comércio de folha de coca e tecidos. Contudo, chamava a atenção o seu interesse em montar a cavalo, manejar armas e aprender táticas de luta.
Junto com o esposo Tupac Katari, chegou a liderar mais de 80 mil índios que se rebelaram contra os espanhóis no ano de 1772. Com o mesmo nível hierárquico que o marido e com destacada liderança respeitada e aceita por todos os guerreiros, foi proclamada rainha anos depois.
Porém, os espanhóis fizeram alianças com tribo que eram contrários à liderança do casal e os derrotaram. Sisa foi condenada à morte por esquartejamento em La Paz. Sua cabeça foi exibida em diversas cidades bolivianas até ser queimada e suas cinzas espalhadas.
O dia de sua execução, 5 de setembro, hoje é celebrado o Dia Internacional da Mulher Indígena.
É mostrando a história de mulheres fortes e corajosas que inspiram a sociedade, que nós do Curso Praticar parabenizamos todas as mulheres pelo seu dia.